Ainda me lembro do que é sentir borboletas no estômago, do que é sentir arrepios pela coluna acima e pela coluna abaixo. Ainda me lembro de como é sentir-se voar no meio de um abraço, ainda me lembro de como explode o coração com um beijo bem dado. Ainda me lembro de como anda a cabeça, tão aérea e egoísta. Lembro-me ainda de como um dia de chuva pode parecer tão feliz e multicolor. Lembro-me ainda do que é amar. E hoje, impressionante e inexplicavelmente, ando assim. Apaixonada sem motivos, sem saber pelo quê ou por quem, amo pura e simplesmente. Talvez esteja apenas apaixonada pelo sol que me tem iluminado os dias, talvez esteja apaixonada pelo cheiro do detergente que tem dado cor à minha roupa escura. Talvez me tenha apaixonado pela escuridão da noite que me entra pela janela. Talvez ame apenas saber que estou bem, que estou prestes a ver quem há tanto não vejo, talvez esteja feliz e pronto. Talvez, ame apenas. Talvez, pela primeira vez desde que existo, me ame a mim e ame a vida. Talvez tenha descoberto o que é viver e isso me tenha fascinado. Talvez seja isso, sim. Afinal de contas, não é preciso amar algo ou alguém, o sentimento está sempre conosco, não é assim ?! E eu amo, de boca cheia, e com coração igualmente cheio
Este também é meu, apague-o. Já!
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