quinta-feira, 30 de junho de 2011


Tentaste vezes sem conta caminhar comigo. Quiseste inúmeras vezes estar a meu lado. E eu com aquele estúpido medo, adiava inconscientemente a tua vinda. Sorria, e sorrio ainda ao relembrar, as palavras que me embalavam na noite de lua cheia, nos dias de trovoada. Lembro-me de quando, na tua doce timidez, primeiro me rejeitavas as chamadas e depois, me ligavas cantando baladas. Já se passaram primaveras e parece ter sido ontem. Lembro da suavidade das tuas palavras, das noites que em pensamento passaste comigo. Recordo tão bem a quantidade de vezes, que lendo e ouvindo as tuas palavras, aquelas belas que me aconchegavam tanto, as mesmas que me faziam fugir de medo, medo de te querer, flutuava silenciosamente, tentando ser discreta no meu pequeno mundo. No entanto, hoje não sei o que é feito desse "ti". Não sei se o perdeste, se sem que desse por ela se camuflou ou se lhe perdi o rasto. Agora que te quero, da forma que sempre desejei não querer ninguém, tu foges, ausentas-te. Agora, que realmente ganhei coragem, tu já não estás. Provavelmente já nem a tempo vou de te dizer "não desistas de mim!". Provavelmente, perdi-te.
É. São coisas.

Um comentário:

  1. Mais um texto meu, escrito com o meu coração, com as minhas emoções. Apague-o!

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